Especialistas tentarão identificar eventuais vulnerabilidades e falhas que violem a integridade e o sigilo dos votos
As próximas eleições só ocorrerão em 4 de outubro de 2026, mas o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já tem se preparado para o pleito. A Corte começou a agilizar o TPS (Teste Público de Segurança) dos Sistemas Eleitorais, que vai acontecer entre os dias 1º e 5 de dezembro.
O processo de checagem das urnas eletrônicas envolve a participação dos chamados investigadores, que são representantes da sociedade civil, universidades e órgãos públicos.
O objetivo é testar e encontrar eventuais vulnerabilidades no sistema de votação brasileiro para “fortalecer a confiabilidade, a transparência e a segurança” do processo eleitoral, segundo o TSE. Pessoas interessadas devem se inscrever até 18 de julho.
Após o teste, o tribunal chamará os colaboradores para mostrar as melhorias realizadas. Em seguida, sugestões e implementações serão compartilhadas.
Na prática, serão submetidas à avaliação dos investigadores as urnas eletrônicas modelos 2022 e 2020, com os respectivos firmwares (programas que fazem tarefas de controle do hardware) e mídias eletrônicas. Também poderão ser testados o gerenciador de dados, aplicativos e interface com a urna eletrônica (Gedai-UE), software de carga, software de votação, sistema de apuração e kit JE-Connect, entre outros sistemas.
De acordo com o TSE, “o teste é parte integrante do ciclo de desenvolvimento dos sistemas eleitorais de votação, apuração, transmissão, recebimento de arquivos e apoio aos processos de auditoria da urna eletrônica”.
Sem fraude
Conforme a corte, desde que o sistema de votação eletrônica foi implementado no Brasil, há 25 anos, nunca ocorreu fraude de nenhum tipo. O procedimento de teste das urnas é realizado desde 2009.
Para a execução do Teste Público da Urna, haverá uma estrutura própria para receber os participantes nos dias de realização do evento. O TSE vai fornecer os materiais e os recursos humanos de apoio necessários para facilitar o trabalho dos investigadores (individuais e em grupo), que terão acesso à urna e aos sistemas eleitorais e colocarão em prática uma série de planos, previamente aprovados.
FONTE: R7.COM