sábado, outubro 4, 2025


Trump convoca militares a combater ‘inimigo interno’ e promete endurecer Forças Armadas dos EUA

Republicano atacou cidades governadas por democratas, como San Francisco, Nova York, Los Angeles e Chicago, classificando-as como ‘perigosas’ e defendendo a mobilização da Guarda Nacional

O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, fez nesta terça-feira (30) um discurso em tom beligerante diante da cúpula militar do país, em Quantico, Virgínia. Ele instou generais e almirantes a “vigiar o inimigo interno” e prometeu “ressuscitar o espírito guerreiro” das Forças Armadas.

O encontro foi convocado pelo secretário de Guerra, Pete Hegseth — nova denominação adotada pelo governo para o antigo Departamento de Defesa —, que apresentou diretrizes mais rígidas de recrutamento, treinamento e conduta. As medidas incluem maior exigência física, fim das queixas anônimas, restrição a barbas e cabelos longos, além da redução de cargos de comando.

Trump, por sua vez, atacou cidades governadas por democratas, como San Francisco, Nova York, Los Angeles e Chicago, classificando-as como “perigosas” e defendendo a mobilização da Guarda Nacional. O presidente afirmou que algumas dessas localidades poderiam ser usadas como “campos de treinamento” para tropas. Desde o retorno de Trump ao poder, a Guarda Nacional já foi enviada a cidades como Los Angeles, Washington e Portland, gerando protestos de governadores e ações judiciais contra o uso das tropas.

A nova linha de atuação também busca encerrar o que o governo chama de “lixo ideológico” introduzido em gestões anteriores, como programas de diversidade e inclusão. “Acabou essa merda”, disse Hegseth, ao criticar políticas adotadas no governo de Joe Biden, incluindo a nomeação de oficiais de grupos minoritários. Apesar do endurecimento das regras, Hegseth afirmou que mulheres continuam aptas a servir, desde que atendam aos padrões físicos exigidos. “Se as mulheres conseguirem, ótimo. Mas os critérios serão neutros — e elevados”, destacou.

Além das mudanças internas, Trump tem ampliado a intervenção militar no exterior, autorizando operações contra embarcações suspeitas de tráfico no Caribe, ataques a alvos iranianos e bombardeios contra rebeldes huthis no Iêmen. A reestruturação já resultou na demissão de diversos oficiais de alto escalão, incluindo o ex-comandante do Estado-Maior Charles Brown, o chefe da Marinha e o comandante da Guarda Costeira. Cortes de até 20% no número de generais e almirantes de quatro estrelas também foram ordenados.

FONTE: AFP

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