quarta-feira, maio 21, 2025


PF faz duas operações contra quadrilhas de lavagem de dinheiro e fraudes cibernéticas

Um dos grupos seria formado por familiares suspeitos de atacarem contas de prefeituras; outro envolve uma das maiores estelionatárias do Brasil

A Polícia Federal (PF) realiza, nesta terça-feira (20), duas operações contra organizações criminosas envolvidas em crimes financeiros, fraudes cibernéticas, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Um grupo dos investigados é suspeito de um ataque cibernético, em 2020, que atingiu 150 contas da Caixa Econômica Federal vinculadas a 40 prefeituras.

Ao todo, os agentes federais cumprem 26 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos seguintes estados:

  • Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Maranhão.

A investigação pediu à Justiça o bloqueio de bens e valores dos envolvidos, segundo a Polícia Federal.

Operação Criptoscam

Polícia Federal realiza operação dupla contra crimes cibernéticos e outros | Reprodução/PF
Polícia Federal realiza operação dupla contra crimes cibernéticos e outros | Reprodução/PF

A primeira ação tenta desmanchar uma quadrilha de familiares estruturada em Ponta Grossa, no Paraná. O trabalho investigativo começou com uma denúncia recebida por um canal de Cooperação Internacional de Crimes Cibernéticos, que apontou um furto de R$ 7,5 milhões (US$ 1,5 milhão).

Há a suspeita de que a organização formada por familiares atua desde 2010. Em 2021, eles teriam se mudado para Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e passaram a lavar dinheiro com imóveis de luxo, veículos e criptoativos. Ao todo, entre 2020 e 2025, envolvidos movimentaram cerca de R$ 100 milhões.

Parte desse grupo é suspeito de ser o autor dos ataques contra contas ligadas a gestões municipais.

Operação Wet Cleaning

Polícia Federal realiza operação dupla contra crimes cibernéticos e outros | Reprodução/PF
Polícia Federal realiza operação dupla contra crimes cibernéticos e outros | Reprodução/PF

Já na segunda operação, os agentes miram uma quadrilha especializada na lavagem de dinheiro e outros ilícitos por meio do mercado formal, utilizando empresas nas áreas de construção civil, informática e transporte de cargas.

A ação teve como ponto de partida com prisão de uma mulher apontada como uma das maiores estelionatárias do Brasil, suspeita de aplicar golpes contra a Caixa Econômica Federal.

“Diante dos fatos, as investigações continuarão com o objetivo de identificar outros envolvidos e aprofundar as conexões nacionais e internacionais das atividades criminosa”, informou a PF.

FONTE: SBT NEWS

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