domingo, outubro 5, 2025


O Milagre do Ursinho Gominho e a fé de Uma Mãe – Produção Folha Filmes

O inverno caía pesado sobre a floresta, cobrindo tudo com um véu branco e silencioso. A neve se acumulava em montes altos, e cada passo era uma batalha contra o frio cortante. No meio daquela imensidão gelada, caminhavam uma ursa e seu filhote — mãe e filho unidos pela coragem, pela ternura e pela fé que os mantinha vivos.

A Mãe Ursa, de olhar doce e força imensa, avançava abrindo caminho para o pequeno. Ele se chamava Gominho, e ainda aprendia a caminhar pela neve. Seus olhos brilhavam como duas estrelinhas, cheios de esperança e inocência.

Mesmo nos momentos mais difíceis, acreditava que Jesus Cristo velava por ele e por sua mãe. Quando o vento soprava forte e o frio cortava sua pelagem, Gominho olhava para o céu e murmurava:

— Senhor Jesus, não nos abandone. Manda um anjo para nos ajudar.
A Mãe Ursa o ouvia e, apesar da dor e do cansaço, sentia o coração aquecido por aquela fé pura. Sabia que a força de uma oração sincera podia mover montanhas — ou afastar lobos.

Mas a floresta, naquela noite, estava cheia de olhos famintos. Entre as sombras, surgiram silhuetas que se moviam em silêncio. Eram lobos — dezenas deles. Seus olhos vermelhos brilhavam no escuro, e o som da respiração ofegante cortava o ar gelado.
Um uivo longo anunciou o ataque.

A Mãe Ursa rugiu, erguendo-se em duas patas. Abriu os braços fortes e colocou-se diante do filho, protegendo-o com o corpo. Gominho tremia, mas lembrava do que a mãe lhe dizia:
— O medo passa, meu filho. O amor e a fé ficam.

Os lobos avançaram. Um deles saltou e atingiu o pequeno. Um grito de dor rasgou o ar. O sangue tingiu a neve. O coração da Mãe Ursa se partiu, mas a dor virou coragem. Ela atacou com fúria, guiada por um instinto que só o amor materno — e talvez a mão de Deus — pode inspirar.

Lutou bravamente, sozinha contra a matilha. Cada golpe era uma súplica aos céus:
— Senhor, não deixe que o mal leve o meu filhinho!
Enquanto sua mãe lutava com os lobos, Gominho que também foi atacado, correu muito para a floresta adentro.
No campo de luta entre sua mãe e os lobos, os lobos sentiram um cheiro de um humano, e achando que a mãe loba estava morta, e com medo do humano, sumiram também na floresta escura, era um caçador que estava por perto.

Entre os rugidos e uivos, Gominho, ferido, encontrou forças para fugir. Mancando, correu pela neve, deixando atrás de si um rastro vermelho. A cada passo, sua fé o sustentava.

— Jesus, ajuda-me… manda alguém me socorrer…
A floresta voltou ao silêncio. O vento uivava entre as árvores. O pequeno caiu, exausto, coberto de sangue e gelo. Seus olhinhos se fecharam, mas seu coração ainda batia com a esperança de que Deus o ouvisse.

E Deus ouviu.
Naquele mesmo instante, um advogado e fazendeiro, cujo nome era Amir, que tinha propriedade na região, e gostava de caminhar por ela, caminhava pela neve. Seus passos ecoavam solitários, até que ele viu o pequeno corpo caído.

O Amir parou. Tinha o rifle nas mãos, mas algo o impediu de agir. Ao ver aquele filhote ferido, uma ternura o invadiu. Era como se uma voz suave lhe dissesse ao coração:
‘Devemos nos apiedar dos nossos animaizinhos, pois poucos se apiedam”
— Hoje, não é dia de tirar uma vida. É dia de salvar uma.

Amir se ajoelhou-se, tocou o pequeno com cuidado, e ao sentir que ainda respirava, tirou o casaco e o envolveu. como se protegesse algo muito valioso.

Gominho abriu os olhos por um instante, viu o rosto bondoso do homem e pensou: “É o anjo que o Senhor Jesus Cristo mandou”.
Naquela noite gelada, o fazendeiro fez o milagre do amor e da bondade. Levou o filhote para sua cabana, acendeu o fogo e cuidou de cada ferimento, alimentou o filhotinho com paciência e amor. Passou a noite preocupado, torcendo para a melhora do filhotinho. e pediu ao pai criador de tudo e de todos .

— Senhor, dá vida a essa pequena criatura. Faze de mim um instrumento do Teu amor.
Ao amanhecer, Gominho respirava com calma. Amir sorriu e sentiu lágrimas escorrerem.
— Hoje, salvei uma vida… e talvez o Senhor tenha salvado a minha também.

Enquanto isso, a Mãe Ursa, já recuperada dos s ferimentos da luta com os lobos e exausta, vagava durante dias, pela floresta em busca do filho.
Chamava por ele, farejava a neve, e a cada dia sua esperança diminuía — mas nunca a fé. Parava às margens do rio e olhava o céu:
— Meu Deus, se ele ainda vive, guia-me até ele.

E o milagre aconteceu.
Certa manhã, ao passar perto de uma cabana, a ursa sentiu um cheiro familiar. O coração acelerou. Aproximou-se devagar e viu, no quintal, um pequeno urso brincando ao sol. Era Gominho — vivo, forte, feliz.
O fazendeiro Amir, ao ver a mãe, ficou imóvel. Não pegou o rifle. Sabia que era o reencontro de um amor que nem a morte pôde separar.

Gominho correu em direção à mãe, gritando de alegria. Ela o acolheu nos braços fortes, lambendo-o e chorando como quem reencontra a própria alma.
Amir observava, com os olhos marejados, sentindo em seu coração a presença viva de Deus.

Ali, sob o sol que derretia o gelo, três seres — uma mãe, um filhote e um homem — foram unidos por algo maior que o destino: o amor divino, que faz renascer a vida onde tudo parecia perdido.

E assim, a floresta testemunhou um milagre. Um lembrete de que o amor é a voz mais pura de Deus — e que, quando uma oração é feita com fé, o Céu sempre responde.

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E que o Bondoso Deus, o abençoe grandiosamente.

FONTE: FOLHA PRODUTORA AUDIOVISUAL DE VÍDEOS E FILMES 

AUTOR/TEXTO: GOMES OLIVEIRA

DIVULGAÇÃO: MARCIO MARTINS

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