Governo anunciou compra emergencial de antídotos e reforço na distribuição para centros de toxicologia
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, atualizou neste sábado (4), em agenda no Piauí, os números da crise causada por suspeitas de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas. Segundo ele, já são 127 casos notificados em 12 estados do país. Do total, 11 tiveram confirmação laboratorial da presença da substância.
Padilha destacou que não houve aumento de casos confirmados em relação ao último boletim, mas sim de novas notificações clínicas, como a registrada na noite de sexta-feira (3) em Parnaíba (PI). O ministério reforçou a orientação para que profissionais de saúde notifiquem imediatamente qualquer suspeita, mesmo antes da confirmação laboratorial.
“Essa notificação faz com que a gente identifique onde a pessoa consumiu a bebida. Isso inicia todo o processo das forças de segurança — Polícia Civil e Polícia Federal — para descobrir onde foi comprada, se foi em festa, bar ou distribuidora, e assim encontrar e punir os criminosos que estão cometendo esse crime contra a população”, afirmou o ministro.
Estoque de antídotos
Padilha anunciou também a compra emergencial de 12 mil ampolas de etanol farmacêutico, que se somam às 4,3 mil já em estoque nos hospitais universitários federais. O produto é considerado o antídoto padrão para intoxicação por metanol.
Além disso, o Brasil fechou a aquisição de 2.500 tratamentos do fomepizol, outro antídoto indicado contra o envenenamento, junto a um laboratório no Japão, com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A chegada está prevista para a próxima semana.
Segundo o ministro, a distribuição será feita de forma estratégica para centros de referência em toxicologia em todo o país.
Contexto nacional
O Ministério da Saúde confirmou que, até agora, 12 estados notificaram pelo menos um caso suspeito de intoxicação. A pasta reforça que a ingestão de bebidas de procedência duvidosa deve ser evitada.
“Eu quero reforçar a população evitar ingerir essas bebidas destiladas neste momento até o esclarecimento total que tá sendo feito pelas forças de segurança. Nós estamos falando de um produto que não é um produto da vida essencial das pessoas, não é um produto da cesta básica de alimentos, é um produto pro lazer”, alertou o Padilha.
FONTE: SBT NEWS