Mais de 20 suspeitos foram presos durante a operação; grupo teria movimentado R$ 25 milhões em cinco anos
A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, na manhã desta terça-feira (5), a operação Dead Shark, voltada ao desmonte de uma quadrilha suspeita de falsificar e vender ilegalmente medicamentos controlados, entre eles, anabolizantes e emagrecedores. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, até o momento, mais de 20 suspeitos foram presos.
Segundo as investigações, os produtos eram fabricados em laboratórios clandestinos, conhecidos como underground, com insumos importados da China e do Paraguai. A venda era feita diretamente a pessoas físicas, sem exigência de receita médica, por meio de um site identificado como Redshark.
Segundo a pasta, foi necessário que policiais se passassem por clientes para confirmar a fraude praticada pela empresa clandestina.
A operação, que segue em andamento, cumpre 85 mandados de busca e apreensão e 35 de prisão temporária em 28 cidades, localizadas em 11 estados. Apenas em São Paulo, são 57 alvos, incluindo a capital, Guarulhos, Campinas, Jundiaí, São José dos Campos, entre outros municípios. A ação mobiliza 510 policiais civis em 255 equipes no estado.
Influenciadores também estão na mira da polícia, por divulgarem os produtos. Entre eles, Jorlan Vieira. A polícia cumpre mandados de busca nas residências dos criadores de conteúdo.
Segundo os agentes da 1ª Central Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), que lideram a investigação há cerca de um ano, a organização criminosa movimentou cerca de R$ 25 milhões nos últimos cinco anos.
Todos os bens dos investigados serão bloqueados. Os presos e o material apreendido na capital paulista estão sendo levados à sede da Cerco, no centro de São Paulo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não havia autorizado a produção ou a distribuição dos medicamentos.
FONTE: SBT NEWS