Número é liderado pelo estado de São Paulo, que contabiliza 692 dos registros
O Brasil ultrapassou a marca de mil mortes por dengue em 2025. Segundo dados do painel de monitoramento do Ministério da Saúde, até a manhã deste sábado (24), foram contabilizados 1.008 óbitos pela doença. Outras 817 mortes, por sua vez, estão sob investigação – isto é, para ver se há relação com a infecção.
Segundo os dados, o estado de São Paulo lidera o número de mortes por dengue no país, com 692 registros. Em seguida, aparecem Paraná e Minas Gerais, com 84 e 73 óbitos, respectivamente.
Em relação aos casos prováveis de dengue, o número já chega a 1.376.119 – o que significa que o coeficiente de incidência da doença, para cada 100 mil habitantes, é de 647,3. Assim como no caso dos óbitos, o estado de São Paulo lidera o ranking de infecções prováveis, com 770.339 registros. Em seguida, aparecem Minas Gerais (147.083) e Paraná (108.738).
Apesar do alto número, o cenário epidemiológico é melhor do que o observado em 2024, já que o número de casos e óbitos por dengue, somados, diminuiu 75%. Em abril, o Ministério da Saúde ampliou as ações prioritárias de enfrentamento à doença para 312 municípios com alta transmissão, incluindo 114 cidades de São Paulo, 42 de Minas Gerais e 28 do Paraná.
“Distribuímos seis milhões de testes rápidos, além de insumos para diagnóstico laboratorial e controle do vetor. Já foram realizados mais de 650 mil exames laboratoriais pelos LACENs, que são laboratórios estaduais apoiados pelo ministério. E onde houver necessidade, a Força Nacional do SUS será acionada”, explicou a secretária de vigilância em saúde e ambiente, Mariângela Simão.
O que é a dengue?
A dengue é uma doença febril causada pelo vírus dengue (DENV), que é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A doença costuma ter uma prevalência maior durante o verão – quando há mais períodos de chuva –, já que a água parada em galões e tonéis, por exemplo, auxilia no aumento de criadouros do mosquito.
Os principais sintomas da dengue são febre acima de 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A doença pode progredir para formas graves, associadas ao extravasamento de plasma, hemorragias ou comprometimento de órgãos, que podem evoluir para o óbito.
Como se proteger?
- Substitua a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
- Deixe a caixa d’água tampada;
- Mantenha as piscinas limpas;
- Remova do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
- Desobstrua calhas, lajes e ralos;
- Lave as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
- Guarde baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
- Use de telas nas janelas em áreas de reconhecida transmissão;
- Use repelente.
Existe tratamento?
Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da doença é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Dessa forma, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:
- Repouso;
- Ingestão de líquidos;
- Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência se houver sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
- Retorno para reavaliação clínica de acordo com orientação médica.
FONTE: SBT NEWS