domingo, maio 4, 2025



Brasil tirou cerca de 2.200 pessoas por ano de condições de escravidão entre 1995 e 2024

Ao todo, mais de 65,5 mil pessoas foram libertadas em áreas urbanas e rurais do país

Autoridades brasileiras resgataram, em média, 2.200 pessoas por ano em condições análogas à escravidão entre 1995 e 2024. Os municípios com maior número de flagrantes foram São Félix do Xingu (PA), São Paulo (SP) e Marabá (PA).

Somente no ano passado, foram realizadas 1.035 ações, e 2.004 trabalhadores foram libertos. Ao todo, mais de R$ 7 bilhões foram pagos em verbas trabalhistas e rescisórias.

Crescimento do número de resgates

O país observou um crescimento no número de resgates entre 2020 e 2023. Em 2020, 944 trabalhadores foram libertos; em 2023, esse número subiu para 3.239. O índice considera pessoas efetivamente retiradas do local de trabalho.

Outro ponto registrado pelos fiscais, em 2023, foi o aumento do número de trabalhadores resgatados em áreas urbanas, que representaram 3 em cada 10 libertações.

Setores

Em 2024, conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), os setores com maior número de resgatados foram:

  • Construção civil;
  • Cultivo de café;
  • Cultivo de cebola;
  • Serviços de preparo de terreno, cultivo e colheita;
  • Horticultura (exceto cultivo de morango).

30 anos de combate

Em 2025, o Brasil celebra 30 anos do reconhecimento oficial da existência de formas contemporâneas de escravidão, ocorrido em 1995. Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público, a condição análoga à escravidão pode ser caracterizada quando há:

  • Submissão a trabalhos forçados;
  • Jornadas exaustivas;
  • Sujeição a condições degradantes;
  • Restrição da liberdade de locomoção do trabalhador.

FONTE: R7.COM

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