Programa beneficia 20,5 milhões de famílias, com valor médio de R$ 668,65; a maioria dos participantes está no Nordeste e no Sudeste
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (15) que o Brasil não pode ser um país que “vive eternamente do Bolsa Família”, programa de transferência de renda criado por ele em outubro de 2003, durante o primeiro mandato. Atualmente, o benefício é distribuído a 20,5 milhões de famílias, em todos os municípios, com repasse médio de R$ 668,65. A iniciativa, batizada de “Auxílio Brasil” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), voltou a se chamar Bolsa Família em março de 2023.
“Eu voltei para a Presidência da República para provar que este país não pode ser um país eternamente pobre, eternamente vivendo de Bolsa Família. Não. Precisamos fazer as pessoas se formarem adequadamente, aprender uma profissão, constituir família, terem prosperidade e viverem bem, num padrão de classe média”, destacou, durante visita à fábrica da automotiva japonesa Nissan, em Resende (RJ).
A maioria dos beneficiários está no Nordeste — 9,4 milhões de famílias. Em seguida, está o Sudeste (5,92 milhões de famílias), Norte (2,61 milhões de famílias), Sul (1,45 milhão de famílias) e Centro-Oeste (1,10 milhão de famílias).
No recorte por regiões, o Nordeste reúne o maior número de contemplados em março. São 9,4 milhões de beneficiários, a partir de um investimento de R$ 6,26 bilhões. Na sequência, aparece a região Sudeste (5,92 milhões de famílias e R$ 3,86 bilhões em repasses), seguida por Norte (2,61 milhões de famílias e R$ 1,84 bilhão), Sul (1,45 milhão de beneficiários e R$ 951,9 milhões) e Centro-Oeste (1,10 milhão de contemplados e R$ 740,5 milhões).
O governo federal investe R$ 13,7 bilhões no Bolsa Família. O pagamento mínimo do programa é de R$ 600, mas a transferência pode aumentar, a depender dos integrantes e do formato da família. São os benefícios adicionais: R$ 150 para cada criança de 0 a 6 anos; R$ 50 para gestantes; R$ 50 reais para lactantes; e R$ 50 para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos.
Lula opinou que “as coisas não acontecem de forma gratuita”. “O que está acontecendo no Brasil não é sorte”, defendeu, ao citar a prioridade que seu governo dá para a redistribuição de renda.
“Quisera Deus que este país só tivesse presidente que tivesse sorte. Quem sabe a gente estaria no G7, no G5, no G4 [grupos das maiores economias do mundo]. Quem sabe a gente fosse mais importante. Cansamos de ser tratados como país pobre e pequeno”, desabafou.
FONTE: R7.COM