terça-feira, junho 17, 2025


Netanyahu diz que não descarta assassinar o líder supremo do Irã

Declaração foi dada em entrevista à rede norte-americana ABC News; primeiro-ministro afirma que país fará “o que precisa ser feito” para conter o Irã

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que não descarta a possibilidade de atacar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. A declaração foi dada durante entrevista à emissora americana ABC News nesta segunda-feira (16).

Ao ser questionado pelo correspondente-chefe em Washington, Jonathan Karl, sobre relatos da própria ABC News e de outros veículos de imprensa de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria rejeitado um plano israelense para assassinar Khamenei por temer uma escalada do conflito, Netanyahu respondeu: “Isso não vai escalar o conflito, vai encerrá-lo”.

“O Irã quer uma ‘guerra eterna’ e está nos levando à beira de um confronto nuclear. O que Israel está fazendo é impedir isso, pôr fim a essa agressão — e só conseguimos isso enfrentando as forças do mal”, afirmou o primeiro-ministro.

Indagado diretamente se Israel realmente pretende assassinar o líder supremo iraniano, Netanyahu limitou-se a dizer que o país está “fazendo o que precisa fazer”.

“Não vou entrar em detalhes, mas já miramos nos principais cientistas nucleares deles”, disse. “É basicamente a equipe nuclear de Hitler.”

O atual conflito entre Israel e Irã teve início na noite da última quinta-feira (12), quando o exército israelense lançou mísseis contra bases militares iranianas. Tel Aviv acusa Teerã de manter um programa secreto para desenvolver armas nucleares e afirma que o Irã está “próximo” de produzir seu primeiro artefato nuclear.

Os bombardeios israelenses tiveram como alvos principais infraestruturas nucleares, incluindo o complexo de Natanz, um dos principais centros de enriquecimento de urânio do Irã. Os ataques também atingiram esconderijos utilizados por altos líderes iranianos. Na sexta-feira (13), o exército de Israel confirmou a morte de três militares durante as ações.

Até o momento, os ataques resultaram em 224 mortes no Irã e 22 em Israel. Com o agravamento da situação e o risco crescente à segurança no Oriente Médio, a União Europeia convocou uma reunião de emergência com os ministros das Relações Exteriores dos 27 países do bloco para a próxima terça-feira (17). O G7, grupo que reúne as sete maiores economias do mundo, também discute o conflito em reuniões no Canadá.

FONTE: SBT NEWS

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