O Exército colombiano afirmou no fim de semana que está “alerta máximo” na fronteira e que ajudará “na busca” dos criminosos
O Equador enviou mais de 1.500 militares a uma região amazônica para localizar dissidentes da guerrilha colombiana Farc que mataram 11 militares durante uma operação contra a mineração ilegal, informou nesta segunda-feira (12) o Ministério da Defesa.
Rebeldes do grupo Comandos da Fronteira, que negociam a paz com o governo do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, emboscaram na sexta-feira um esquadrão do exército e atacaram os homens com fuzis, granadas e explosivos.
“Vamos com tudo! Esta guerra contra os maus se intensificará”, declarou o ministério na rede social X em referência ao ataque no Alto Punino, na província de Orellana (este), na fronteira com o Peru.
Militares das forças especiais, inteligência e contraterrorismo terão a missão de “localizar e neutralizar o grupo criminoso que covardemente atentou” contra uma equipe de 20 militares, acrescentou.
O governo declarou heróis nacionais os soldados falecidos e ofereceu uma recompensa, cujo valor não foi especificado, para aqueles que fornecerem informações sobre os responsáveis.
O incidente também deixou um soldado ferido e um guerrilheiro morto, que foi identificado como “Compadre”, comandante da organização criminosa no Equador.
“Este indivíduo era responsável pelo controle de atividades ilícitas de mineração ilegal no país, assim como pela cobrança de extorsões” aos mineradores que operam na região, informou o exército no X.
“Compadre” tinha sob seu comando cerca de 30 homens e mantinha vínculos com a gangue equatoriana Los Lobos. Na área, também atuam os grupos criminosos Los Choneros, Tiguerones e a facção brasileira Comando Vermelho.
O Exército colombiano afirmou no fim de semana que está “alerta máximo” na fronteira e que ajudará “na busca” dos criminosos.
ONGs denunciam que a mineração ilegal na bacia do rio Punino quadruplicou em 2024. No ano passado, as comunidades da região alertaram sobre a presença da dissidência colombiana das Farc.
A violência se intensifica na Colômbia, Equador e Peru, um triângulo-chave na produção e envio de cocaína para os Estados Unidos e Europa.
FONTE: AFP