Ao todo, mais de 65,5 mil pessoas foram libertadas em áreas urbanas e rurais do país
Autoridades brasileiras resgataram, em média, 2.200 pessoas por ano em condições análogas à escravidão entre 1995 e 2024. Os municípios com maior número de flagrantes foram São Félix do Xingu (PA), São Paulo (SP) e Marabá (PA).
Somente no ano passado, foram realizadas 1.035 ações, e 2.004 trabalhadores foram libertos. Ao todo, mais de R$ 7 bilhões foram pagos em verbas trabalhistas e rescisórias.
Crescimento do número de resgates
O país observou um crescimento no número de resgates entre 2020 e 2023. Em 2020, 944 trabalhadores foram libertos; em 2023, esse número subiu para 3.239. O índice considera pessoas efetivamente retiradas do local de trabalho.
Outro ponto registrado pelos fiscais, em 2023, foi o aumento do número de trabalhadores resgatados em áreas urbanas, que representaram 3 em cada 10 libertações.
Setores
Em 2024, conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), os setores com maior número de resgatados foram:
- Construção civil;
- Cultivo de café;
- Cultivo de cebola;
- Serviços de preparo de terreno, cultivo e colheita;
- Horticultura (exceto cultivo de morango).
30 anos de combate
Em 2025, o Brasil celebra 30 anos do reconhecimento oficial da existência de formas contemporâneas de escravidão, ocorrido em 1995. Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público, a condição análoga à escravidão pode ser caracterizada quando há:
- Submissão a trabalhos forçados;
- Jornadas exaustivas;
- Sujeição a condições degradantes;
- Restrição da liberdade de locomoção do trabalhador.
FONTE: R7.COM